quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Jovem e política. Antagonistas?

Passamos por um período (ou sempre estivemos nele) em que dizer que jovem não gosta de política já é um clichê, uma espécie de lugar-comum quando se fala no assunto. Mas isso, bem como outros conceitos desgastados, precisa ser revisto.

Nós, jovens, somos políticos por natureza. Veja bem, políticos no sentido amplo, no “trato das relações humanas”, no relacionar com o outro, então, porque não usar essa aptidão nata nas questões públicas? O voto aos 16 e 17 anos foi uma grande conquista do movimento estudantil, incorporada a constituição em 1988. Foi um grande avanço da juventude na conquista de seu espaço, mas agora é hora de merecê-la.

Enquanto jovem, percebo que realmente o número de amigos jovens com os quais converso sobre política é reduzido, temos inúmeros assuntos tidos como mais importantes, mas com o pessoal mais velho é a mesma coisa! É falacioso pensar que é possível isolar um grupo do restante da população, se um sofre da desmotivação partidária (chamo assim, não é decepção com os partidos?), os outros também.

E não existe apenas uma forma de modificar a nossa realidade através da política (significado amplo de novo). Além da clássica, que é se filiar a um partido político, que tal entrar pro grêmio, pra uma ONG, pra Pjm... Faz diferença, sério.

Temos incentivo. Sejam partidos totalmente rodeados de corrupção. Seja a mídia, que se abstém do papel de embasar o povo, optando por mostras só a decadência da vida de alguns políticos, maus políticos. Aliás, a mídia é fundamental, ninguém nasce questionador e crítico (revolucionário!?), isso depende do meio em que está inserido e do que ouve por aí.

Enfim, jovem vai ser jovem em qualquer lugar. Imagina o quão vai dinamizar o Estado estagnado de hoje... Talvez esteja aí a mudança tão almejada, e, ao mesmo tempo, ignorada.


“Não espere, levante, sempre vale a pena bradar! É hora, alguém tem que falar!”

Todos estão mudos - @pittyleone



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