quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Voluntariado: jovens transformando realidades

O idealismo está sim presente na vida do jovem hoje, tão forte quanto era na década de 60, por exemplo. Mas o modo de atuar na sociedade mudou, temos o voluntariado. Nessa onda de indignação com o cenário político, o trabalho voluntário é o caminho para transformar nossa realidade na prática. Vemos o resultado. A atuação da juventude nesse ramo subiu de 7% para 34% e cerca de 14 milhões se interessam, mas não sabem como começar.
A incapacidade do Estado de suprir as necessidades básicas de seus cidadãos, principalmente dos menos favorecidos, levou a iniciativa privada a assumir tarefas que antes eram consideradas exclusivas do Estado, o que se chamou de Terceiro Setor.
Cada um tem suas motivações para começar, mas vejo três como fundamentais e sempre presentes:
- A busca de atividades diferenciadas para o tempo livre. A rotina não é muito agradável, mas aliando trabalhos voluntários, fica mais fácil levar (além do bem realizado, claro)
- A vontade de ajudar. Ver tudo acontecer sem poder fazer nada é frustrante, então é um modo de saciar o anseio de colaborar para resolver (reduzir, vai) as desigualdades e problemas do Brasil.
- A satisfação pessoal. Saber que é útil, que sua colaboração é fundamental e valorizada.
São muitas as possibilidades de atuação. Se a luta pela preservação da natureza e práticas sustentáveis é sua maior bandeira, é natural a busca por projetos com esse objetivo, assim como auxílio a crianças carentes, ajuda na educação... Enfim, são tantos ramos, basta escolher e se engajar!

Mas eis algumas dicas:
- Prefira instituições próximas de sua casa (mais fácil, não concorda?)
- Esperar que as pessoas vibrem com seu trabalho não é bom. Seja tolerante a críticas e saiba que fazer sem esperar recompensas (desse tipo) talvez seja a melhor forma de fazer
- Leve a sério. Não é por ser voluntário que não é sério. Pelo contrário. Tenha a mesma seriedade que teria em um emprego.
- Saiba escolher para não cair em ciladas. Se informe. Como é administrada? É legal? Pode ser só fachada...

Segue alguns links que podem ajudar
http://www.voluntarios.com.br/
http://www.ikoporan.org/
http://portaldovoluntario.org.br/

Trabalho voluntário é realmente gratificante. Aprende-se muito mais do que se ajuda. E tenho dito. Espero ter o estimulado a ser mais um que usa toda sua vitalidade em prol de ações nobres. Faz diferença, acredite!

sábado, 14 de agosto de 2010

...mas ninguém nunca vai poder dizer que não tivemos coragem de agir

Reclamar. Estamos tão acostumados a reclamar, que a ação está em segundo plano. A usura em que vivemos é questionada por todo mundo, a falta de empregos, a corrupção, saúde precária, tudo. Mas eis a questão: A sociedade em geral foi “moldada” para aceitar fielmente o que lhe é imposto, e quando não concorda, não sabe (ou quer) fazer algo que ajude de verdade. “Cidadania é um exercício ativo. Não é só receber as coisas: é intervir na sociedade, é participar”, diz Inácio da Silva, pesquisador e educador da Escola de Cidadania do Pólis – Instituto de Estudos. Afinal, se abstendo ou não, alguém vai subir lá e escrever as leis que NÓS teremos que obedecer. Então, que seja um dos nossos.
Alguns espaços onde você pode atuar:

Associação de bairro: Onde moradores se juntam em busca da melhoria da qualidade de vida de sua comunidade. É um espaço privilegiado para conquista de mudanças absolutamente visíveis e concretas. De uma olhada no site da Confederação Nacional das Associações de Moradores: http://www.conam.org.br/

Fóruns: Reunião de movimentos, entidades e organizações que debatem idéia para melhoria de algum tema. O mais conhecido é o Fórum Social Mundial: www.forumsocialmundial.org.br

Conselhos gestores de políticas públicas: São espaços em que a sociedade participa da elaboração e da gestão de políticas públicas junto a governos municipais, estaduais e federais. Consulte o site de sua prefeitura para se informar mais. Um bom exemplo é o Conselho Municipal de Juventude, em busca de avanço nas políticas públicas para o jovem.

Movimentos sociais: Reúnem pessoas e entidades em torno da luta por bandeiras mais amplas: feministas, operários, indígenas, estudantes etc. São mais conhecidos por promover passeatas, atos públicos e ocupações.

Organizações não-governamentais (ONGs): Entidades sem fins lucrativos, que normalmente atuam na defesa de direitos em várias áreas. Consulte o site da Associação Brasileira das ONGs e saiba como começar a agir por meio delas: www.abong.org.br.

E tenho dito, é fundamental questionar e militar para mudar o que está acontecendo de errado. Gente ignorante e sem capacidade (diria vontade) de se movimentar é tudo que os corruptos querem. É uma tarefa longa, que envolve mudança de mentalidade e cooperação mútua, mas ninguém nunca vai poder dizer que não tivemos coragem.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O amor de fato

Olhar diferente para algo que a maioria trata como comum. Essa seria uma definição sincera de um livro que estou lendo, de um cara chamado Alain de Botton. Um livro muito instigante para quem percebe o que ele quer dizer de verdade. Classificado na categoria “amor”, muitas vezes tem seu conteúdo resumido a uma história de um triângulo amoroso. E essa definição me afastaria dele. No geral trata-se o amor tão superficialmente, aqueles típicos de novelas, sem acrescentar nada novo. Mas o livro vai além.
Botton trata a história de uma maneira bem filosófica. Vai decifrando os personagens psicologicamente, nos inebriando nos seus mundos interiores. Uma viagem. A grande sacada do livro foi mudar a ótica sobre um assunto tão visitado pelos autores. Vou lendo, parando, olhando pro nada...
Temos grandes obras, mas, às vezes, os rótulos que lhe empregam acabam simplificando o que é naturalmente complexo. E é assim que deve ser, complexo, permitindo a nós embarcar em grandes jornadas (que acabam resultando em evolução pessoal).
E tenho dito.
A propósito, o livro se chama “O Movimento Romântico”.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Jovem e política. Antagonistas?

Passamos por um período (ou sempre estivemos nele) em que dizer que jovem não gosta de política já é um clichê, uma espécie de lugar-comum quando se fala no assunto. Mas isso, bem como outros conceitos desgastados, precisa ser revisto.

Nós, jovens, somos políticos por natureza. Veja bem, políticos no sentido amplo, no “trato das relações humanas”, no relacionar com o outro, então, porque não usar essa aptidão nata nas questões públicas? O voto aos 16 e 17 anos foi uma grande conquista do movimento estudantil, incorporada a constituição em 1988. Foi um grande avanço da juventude na conquista de seu espaço, mas agora é hora de merecê-la.

Enquanto jovem, percebo que realmente o número de amigos jovens com os quais converso sobre política é reduzido, temos inúmeros assuntos tidos como mais importantes, mas com o pessoal mais velho é a mesma coisa! É falacioso pensar que é possível isolar um grupo do restante da população, se um sofre da desmotivação partidária (chamo assim, não é decepção com os partidos?), os outros também.

E não existe apenas uma forma de modificar a nossa realidade através da política (significado amplo de novo). Além da clássica, que é se filiar a um partido político, que tal entrar pro grêmio, pra uma ONG, pra Pjm... Faz diferença, sério.

Temos incentivo. Sejam partidos totalmente rodeados de corrupção. Seja a mídia, que se abstém do papel de embasar o povo, optando por mostras só a decadência da vida de alguns políticos, maus políticos. Aliás, a mídia é fundamental, ninguém nasce questionador e crítico (revolucionário!?), isso depende do meio em que está inserido e do que ouve por aí.

Enfim, jovem vai ser jovem em qualquer lugar. Imagina o quão vai dinamizar o Estado estagnado de hoje... Talvez esteja aí a mudança tão almejada, e, ao mesmo tempo, ignorada.


“Não espere, levante, sempre vale a pena bradar! É hora, alguém tem que falar!”

Todos estão mudos - @pittyleone